terça-feira, 13 de abril de 2010


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Como ler uma caixa  taxonómicaUrubu-rei
Urubu-rei
Urubu-rei
Estado de conservação
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Super-reino: Opisthokonta
Reino: Animalia
Subreino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Cathartidae
Género: Sarcoramphus
Espécie: S. papa
Nome binomial
Sarcoramphus papa
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Kingvulturemap.png

Urubu-rei (Sarcoramphus papa) é uma ave de rapina da família Cathartidae. Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá.

Índice

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[editar] Características

Sarcorhanphus papa.jpg

O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande,[1] e sendo capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo;[2] como é um urubu sociável frequenta carniça com outros urubus[3] e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem,[1] quando ele não encontra a carniça espera que outros urubus achem-na, para então ele se alimentar, essas espécies que o acompanham na alimentação ficam afastadas, devido ao seu tamanho, dando a ele o aspecto de ser o rei entre elas;[4] essas espécies nunca disputam alimento com ele, esperam respeitosamente que ele se satisfaça para então comer o que sobra.
Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies, possui 85 cm de comprimento, pesando aproximadamente 3kg, podendo chegar a 5kg, mas é bastante pequeno quando comparado a outros rapinantes. Sua envergadura varia de 1,70 m a 2,00 m. De narinas vazadas, tem pernas cinza e garras longas e grossas, possui uma crista carnuda e laranja, pendente no macho. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. [5] A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol.
Raramente ele voa mais alto que 400 metros e podendo enxergar uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere animais grandes.[1] Destaca-se dos outros urubus pelo desenho branco e preto da asa e pela cauda muito curta, o que lhe dá uma aparência arredondada em vôo. Quando está sobrevoando uma área, chama a atenção o contraste entre o negro da cauda e asas com o corpo todo branco do adulto. Para diferenciá-lo do Cabeça-seca a grande altura, observe que a cabeça e pescoço são pequenos e pouco notáveis, bem como os pés não aparecem depois da cauda.
Ao contrário dos outros urubus, é todo negro até o sexto mês de idade. A partir daí, começa a adquirir plumagem branca amarelada do corpo; só às penas da cauda e as longas penas da asa continuam negras. É um processo de até 4 anos de duração. O pescoço é todo colorido, alaranjado ou vermelho. Essas cores fazem um intenso contraste com o olho branco, cor já exibida pela ave juvenil. O urubu-rei não possui muitas diferenças sexuais, o macho é levemente maior do que a fêmea. Ao nascer, está coberto com uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida.

[editar] Alimentação

Pivoting king vulture.jpg

Sua dieta é estritamente carnívora, mas nunca se alimenta de animais vivos, salvo se estiver faminto e a presa estiver agonizando. Como consumidores de carne em putrefação desempenham importante papel saneador, eliminando matérias orgânicas em decomposição. São imunes, aparentemente, ao botulismo. O suco gástrico dos urubus é bioquimicamente tão ativo que neutraliza as toxinas cadavéricas e bactérias, eliminando perigos posteriores de infecção. Quando são alimentados em cativeiro com carne fresca, são limpos e sem mau cheiro.[5] Assim que avista uma carcaça, mergulha rapidamente em direção ao solo e pousa nas proximidades. Por mais fome que tenha, espera cautelosamente durante uma hora. Então, convencido de que não há nenhum perigo, come até mal poder se mover. De barriga cheia, exala um cheiro forte, repugnante. [6] E é exatamente durante a alimentação que ele, normalmente de hábitos solitários, é visto com outras aves de rapina, principalmente urubus pretos (que mantêm distância respeitosa). Aparentemente, espera que os outros urubus encontrem a carniça através do cheiro ou da visão. Quando as espécies menores estão pousando para alimentar-se, esse comportamento denuncia a presença de carniça e o urubu-rei aproveita-se disso para chegar à fonte de alimentação. Em geral, um ou dois adultos, eventualmente algumas aves juvenis, estão em uma carniça. Isso parece indicar a existência de território, onde as aves adultas evitam a presença de outros urubus-rei. Em algumas carcaças grandes, é possível se observar mais adultos. Mesmo com outros da sua espécie, só se encontra nestas ocasiões ou, claro, em época reprodutiva.

[editar] Reprodução

Urubu rei voando

Na estação de reprodução que vai de julho a dezembro, o macho corteja a fêmea empoleirado ou no solo, abre e fecha as asas e exibe a vértice vivamente colorido, abaixando a cabeça. O casal escolhe um local sem muito capricho, no chão da mata ou no meio de pedras, ou em morros. No último caso simplesmente aproveita um ninho já existente, para fazer a postura dos ovos que são em número de 1 a 2, mas com cobertura vegetal densa. A incubação é longa durando de 53 a 58 dias. Enquanto a fêmea choca os ovos, o macho sai a procura de alimento para ambos. O casal pode se revezar na incubação. Quando o filhote está nascendo, a fêmea ajuda a tirar a casca do ovo delicadamente, e quando finalmente o animal sai do ovo possui uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida, e com o passar dos dias seu aspecto lembra uma bola de algodão. Logo é alimentado pelos pais com regurgito. Atinge a maturidade sexual aos 3 anos, quando já pode apresentam coloração típica.

[editar] Comportamento

Koenigsgeier-06.jpg

Ave diurna, pousa nas árvores mais altas da mata, onde costuma dormir. Passar a noite empoleirada em um galho, sempre no mesmo lugar, o urubu rei levanta voo quando o sol nasce e plana acima do topo das árvores. Circula bem alto. Locomove-se no solo a custa de longos pulos elásticos as pernas são relativamente longas. Para a termorregulação abre as asas e defeca sobre as pernas. É visto normalmente voando bastante alto, sozinho ou aos pares, raramente em grupos de vários indivíduos. É visto com outros urubus na alimentação, onde tem hábito solidário. Quando estão com a cabeça abaixada e um pouco inclinada estão desconfiados e observam algo com atenção. Esta mesma posição da cabeça abaixada e um pouco inclinada é usada, pelo macho no cortejo do acasalamento. Quando incomodados vomitam e sopram fortemente para afastar um intruso, característica também feita pelos filhotes, quando o intruso se aproxima o urubu-rei defende-se com as garras e, principalmente, com seu poderoso bico.

[editar] Outras informações

Urubu-Rei acolhido no Zoologischer Garten Berlin.

É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu. Possui uma distribuição abrangente, que vai de toda a América Latina até ao sul do México. Habita florestas, mas principalmente áreas de Cerrado. Embora presente em todo a República Federativa do Brasil, é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Encontrado também do México à Colômbia, Bolívia, Peru, norte da Argentina e Uruguai. Habita regiões de florestas com clareiras (campos, pastagens) distantes de centros urbanos, nunca é encontrado em regiões desérticas.

Referências

[editar] Ver também


Anu-preto (Crotophaga ani) é uma ave da família Crotophagidae que ocorre da Flórida à Argentina e em todo o Brasil. Gosta de sol e toma banho na poeira, ficando a plumagem às vezes com a cor da terra ou de cinza e carvão. Para se aquecerem aglomeram-se em bandos desordenados, geralmente formados por 7 a 15 indivíduos. Vive nas paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao longo das rodovias costuma ser quase a única ave que sempre se vê, é comum em lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Não voa bem.

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[editar] Morfologia

De corpo fino, bico alto, forte e curto, cauda comprida. Totalmente de cor preta. Sem dimorfismo sexual. Possui um cheiro forte que atrai morcegos e animais carnívoros.

[editar] Alimentação

Alimenta -se de artrópodes como gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes e pequenos vertebrados como as lagartixas e camudongos,peixes, capturam pequenas cobras e rãs; periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes. Caçam coletivamente no campo, o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, distantes uns dos outros por 2 a 3 metros. Ficam imóveis e atentos e ao aparecer um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha.

[editar] Reprodução

Põe de 4 a 7 ovos de cor azul-esverdeada com uma camada calcária, o ovo tem 14% do tamanho do anu-preto fêmea. Os ninhos são feitos de ramos, folhas, geralmente são coletivos e auxiliados pelos machos e filhotes das crias anteriores. A incubação dura de 13 a 16 dias. Quando nascem ainda não voam, então ficam perto do ninho, e são alimentados pelos pais.

[editar] Manifestações sonoras

o anu-preto emite vários tipos de sons. Os mais importantes são para reunir o grupo e verificar se há perigo na redondeza e outro som para avisar os outros caso apareçam aves de rapina.

[editar] Ver também

Wikcionário
O Wikcionário possui o verbete anu-preto

[editar] Ligações externas




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Gavião é o nome popular dado a várias espécies de aves falconiformes pertencentes às famílias Accipitridae e Falconidae, em particular dos géneros Leucopternis, Buteo e Buteogallus. São aves geralmente identificadas pelo tamanho de médio a pequeno, em relação a outras aves de rapina, e dotadas de asas curtas, adaptadas à predação em espaços fechados. Esta designação não corresponde a nenhuma classe taxonômica e pode acontecer que dentro do mesmo gênero haja espécies chamadas gavião e outras com o nome de águia. De uma forma geral, os gaviões têm uma distribuição bastante vasta, que inclui todos os continentes com exceção da Antártica.


[editar] Algumas espécies

Obs.: o trecho seguinte está "compactado" de modo a despoluir visualmente o contexto da página toda.

[editar] Ver também

segunda-feira, 29 de março de 2010

Nota: Se procura por uma corrente participante da Revolução Federalista, consulte Pica-paus.
Como ler uma caixa  taxonómicaPicidae
Ocorrência: Plioceno - Recente
Woodpecker 20040529 151837 1c.jpeg
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Vigors, 1825
Subfamílias
  • Jynginae
  • Nesoctitinae
  • Picinae
  • Picumninae
Pica-pau-branco
Pica-pau (chanchã)
Pica-pau-de-lewis

O pica-pau é uma ave da ordem Piciformes, família Picidae, de tamanho pequeno a médio com penas coloridas e na maioria dos machos com uma crista vermelha. Vivem em bosques onde fazem seus ninhos abrindo uma cavidade nos troncos das árvores. Alimentam-se principalmente de larvas de insetos que estão dentro dos troncos de árvores, alargando a cavidade onde se encontram as larvas com seu poderoso bico e introduzindo sua língua longa e umedecida pelas glândulas salivares. Os ninhos são escavados em troncos de árvores o mais alto possível para proteção contra predadores. Os ovos, de 4 a 5, são chocados pela fêmea e também pelo macho durante até 20 dias, dependendo da espécie.

[editar] Géneros



O bem-te-vi (Brasil) ou grande-kiskadi (Portugal) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras acepções existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido como bichofeo, vinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e de qu'est -ce na Guiana Francesa.

Os únicos representantes do género Pitangus eram o bem-te-vi e a espécie Pitangus lictor [1], porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie Pitangus lictor agora é sinonímia da atual Philohydor lictor, o bem-te-vizinho [2].

A escrita bentevi não é reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.[3]

Medindo cerca de 23,5 cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.

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[editar] Morfologia

Bem-Te-Vi.jpg

Constitui em uma ave de médio porte, medindo entre de 22 e 25 cm de comprimento para aproximadamente 60 gramas. Tem uma coloração parda no dorso; amarela viva na barriga; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca.

[editar] Onde é encontrado

É uma ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km²[4]. Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzida nas Bermudas em 1957, importadas de Trinidad,[5] e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare [6].

É um habitante bem conhecido em todas as regiões brasileiras, podendo ser encontrado em cidades, matas e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de adaptação.

É uma das aves mais populares no Brasil. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão.

Lista de países e locais onde pode ser encontrado
Argentina Belize Bermudas Bolívia Brasil Chile
Colômbia Costa Rica Equador El Salvador Ilhas Malvinas Guiana Francesa
Guatemala Guiana Honduras México Nicarágua Panamá
Paraguai Peru Geórgia do Sul Sanduíche do Sul Suriname Trinidad e Tobago
Estados Unidos Uruguai Venezuela


Para uma melhor visualização da sua área de distribuição poderá consultar este mapa (nota: ocorrência/ausência por país/região e não área de distribuição concreta). A ave não ocorre nem na costa ocidental da América do Sul nem no extremo sul (exemplo: Terra do Fogo).

[editar] Canto

Um filhote começando a amarelar.

O seu canto trissilábico característico enuncia as sílabas BEM-te-VI, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopéica. Seu canto pode ser também dissilábico, emitindo um BI-HÍA ou ainda monossilábico, quando escutamos um TCHÍA.

Os cantos têm sonoridades diferentes consoante o local. É uma das razões de serem utilizados vários nomes comuns para esta espécie.
  • Utilizar motor de busca para localizar ficheiros de som com o canto do bem-te-vi aqui.

[editar] Reprodução

Bem-te-vi enfrentando um gavião.

Constrói o ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios. Seu ninho tem uma forma de esfera com a entrada na parte superior, medindo cerca de 25 cm de diâmetro, geralmente é construído no topo de árvores altas, na forquilha de um galho, mas é muito comum também vê-lo nas cavidades dos geradores de postes, podendo ficar entre 3 e 12 m do solo. Põe cerca de quatro ovos brancos e alongados. Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.

São aves monogâmicas e quando da nidificação o território circundante ao ninho é defendido vigorosamente, podendo vir a ser agressivo com outros pássaros e até mesmo outros animais ao se sentir ameaçado. Por esta razão que faz parte da família dos tiranídeos (de tirano). É comum vê-los dando rasantes em aves de rapina (principalmente gaviões) que entram no seu território.

[editar] Alimentação

Um bem-te-vi tomando água.
Filhote.

Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros passarinhos, flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e equinos. Atrapalha a apicultura por ser predador de abelhas. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo. Atacam também ninhos de outras aves, como a cambacica.

Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes poderá ajudar a controlar pragas de insectos, como por exemplo, sabe-se que esta ave se alimenta de répteis do género Anolis. Estes répteis, por sua vez, alimentam-se de escaravelhos predadores de insectos. A ave, ao fazer diminuir o número de répteis, fará com que sobrevivam mais escaravelhos, que aumentando o seu número, poderão controlar (diminuir) o número das suas presas (neste caso, insectos, que poderão em certas circunstâncias serem consideradas pragas, prejudicando as actividades humanas)[6].

Como é uma ave de hábitos que se adaptam muito rapidamente pode, também, se alimentar da ração de cachorros, gatos, e outros animais de estimação.

[editar] Ecologia

Tem um importante papel na dispersão de sementes. Em áreas de cerrado do estado de São Paulo, é uma das aves mais importante na dispersão de sementes da espécie Ocotea pulchella Mart.[7]

Em certas regiões poderá ser migratória.

Segundo a Lista Vermelha de Espécies ameaçadas da IUCN, esta ave tem um estado de conservação de Segura ou pouco preocupante (Least Concern) [8]. A população mundial está estimada em 5.000.000 a 50.000.000 indivíduos (Rich et al. 2003).

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O joão-de-barro ou forneiro (Furnarius rufus) é uma ave Passeriforme da família Furnariidae. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno (característica compartilhada com muitas espécies dessa família). É a ave símbolo da Argentina, onde é chamado de hornero ("Ave de la Patria" - desde 1928).

Índice

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[editar] Aparência

Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado (por isso o epiteto específico rufus).

Apresenta uma suave sobrancelha, formada por penas mais claras, em leve contraste com o restante da plumagem da cabeça.

Rêmiges primárias (penas de voo, nas asas) anegradas, visíveis em vôo, com as asas abertas.

Ventralmente é de coloração clara (alguns indivíduos podem possuir o peito, flancos e barriga amarronzados, semelhante ao dorso), sendo o queixo e pescoço brancos. Excetua-se a cauda, que é avermelhada tanto dorsal quanto ventralmente.

[editar] Alimentação

O pássaro, revirando as folhas, busca cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos. Alimenta-se também de outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveita restos alimentares humanos, como pedaços de pão.

[editar] Reprodução

Constrói seu ninho de barro em forma de forno, misturando palha e esterco seco com barro úmido. Instala seu ninho desde sobre árvores até postes de eletricidade. Ele pode ser ocupado por outros pássaros - como o Canário-da-terra-brasileiro- ou até mamíferos e insetos. Não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, parecendo realizar um rodízio entre dois a três ninhos, reparando ninhos velhos semi-destruídos. Quando não há mais espaço para a construção de novos ninhos, o pássaro o constrói em cima ou ao lado do velho.

Ninho em Bertioga.

Em locais urbanizados, quando faltam suportes adequados, o joão-de-barro faz seu ninho até no peitoril de janelas. Neste caso ele escolhe o encontro entre a janela e a parede, assim como ele escolhe encontro de galhos quando faz ninho em árvores. As janelas devem estar em locais altos e de difícil acesso. Em locais descampados, com pouca ou nenhuma árvore alta, e como medida de proteção à espécie, recomenda-se erguer postes altos dotados de travessas horizontais. Estes serão usados para sua nidificação.

[editar] Hábitos

O casal canta em dueto nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as asas, com um canto extremamente estridente.

[editar] Galeria

[editar] Canto

Loudspeaker.svg? Ouça o canto do joão-de-barro

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